segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Outra ***Pausa*** ;-p

não é Rejeitada, mas é uma coisa que eu tive que trabalhar muito para fazer(nem tanto...), bom eu vou tentar postar Rejeitada o mais rápido possível...(Pra quem eu to falando isso mesmo?Quase ninguém lê esse blog)

As cores

Havia uma menina, com longos cabelos pretos, seus olhos eram pretos também, para alguns ela poderia ser apenas uma menina comum, aqueles que a conheciam viam que ela era diferente.

Ela nasceu com uma deficiência não muito comum, ela era cega, mas não totalmente ela via as cores, sem formas só as cores ela era apaixonada pelas cores fortes como o azul do céu ou o borrão marrom que era o tronco das árvores. No inicio era difícil para ela porque ainda não tinha se acostumado, ela sempre se perguntava por que ela era diferente, mas nuca tinha uma resposta.

Sua mãe morreu durante o parto e o pai dela cuidou dela ate os doze anos quando morreu em um acidente de carro, ela foi morar com a irmã mais velha que já tinha dois filhos e que nunca a dava a atenção que ela precisava.

O tempo foi passando e ela foi vendo que ver apenas as cores não era tão ruim assim, ela via o mundo por olhos diferentes, ela via o verde cheio de pintinhas coloridas em um jardim e uma grande mancha marrom nas montanhas, ela via vultos de cores diferentes, mas na maioria preto e cinza nos carros em uma rua, ela via as paredes brancas, mas não os formatos, ela via as pessoas, mas nunca os seus rostos.

Sua irmã sem dinheiro a tirou das suas aulas particulares e a colocou em uma escola normal, onde ela foi ridicularizada por três anos, ela não ia bem nas matérias, pois não via as letras por isso nunca fazia os trabalhos, as atividades e as provas, mas sempre escutava tudo que o professor falava e por dentro ela sabia de tudo só não tinha como demonstrar, pois também tinha muita vergonha.

Aos 17 anos ela conheceu um menino na escola que se encantou por ela e ela por ele mesmo sem ver o seu rosto ela viu a sua alma e se apaixonou, os dois viraram melhores amigos e pouco tempo depois namorados, ele não tinha preconceito de sua deficiência pelo contrario ele achava que aquilo era um dom e sempre a ajudava em tudo que ela precisava e conviveu com aquilo sem reclamar porque ele a amava e ela o amava.

Um ano depois Luke, o seu namorado a incentivou a pintar, ela questionou muito antes de tentar, como uma garota que não consegue ver as formas ia pintar?! Mas quando ele colocou o pincel em sua mão e ela viu aquela pequena parte branca do universo e um banquete de cores em sua frente, ela não excitou e o coloriu e minutos depois ela acabou e estava incrível, aquela parte que se deslocava do resto do universo se igualou as outras e adivinha só ela adorou e passou a pintar com frequência, sempre com a ajuda de seu príncipe encantado.

Ela sabia que era difícil para Luke ter que conviver com a sua deficiência e ela queria poder ver o seu rosto, ver o seu sorriso, ela decidiu que aquilo não podia continuar ele merecia algo melhor. Ele a levou a mais um encontro dizendo ser especial, ele não sabia que ia ser ali que ela iria terminar com ele. Ela se surpreendeu, o lugar era lindo tinha o amarelo mais forte mergulhando em um azul que nunca terminava e foi ali que ele a pediu em casamento em frente há um lindo pôr-do-sol e ela aceitou porque viu que não poderia viver sem ele.

Ela ouviu a musica, viu aquele borrão que conhecia e soube que era ali que ela pertencia a se tornou a esposa de Luke. Tornou-se uma otima pintora e as suas obras eram conhecidas por todo o mundo e assim ficou famosa, ela sempre dizia que nunca pintava para os outros e nem mesmo para si mesma, ela pintava por necessidade, que esse era o dever dela colorir os pedaços brancos do mundo.

Ela morreu aos trinta anos ainda casada com Luke e pintando, ela morreu sorrindo porque mesmo não tendo uma vida normal a sua era melhor, ela era diferente e não se importava, mas com isso, suas obras a pedido dela foram vendidas e o dinheiro foi doado a instituições que tratavam de deficientes de todos os tipos. Sua historia inspirou a muitos a dar valor ao que se tem e nunca reclamar de ser diferente.

*Eu dedico esse texto a todas aquelas pessoas diferentes e que viam o mundo por olhos diferentes como a Lilith uma mulher forte que lutou, que amou, que venceu, que sorriu, que viu coisas que ninguém nunca havia visto antes, as cores nunca foram só cores para Lilith e para mim também não.

AlyLittleCullen